segunda-feira, 29 de dezembro de 2008

domingo, 21 de dezembro de 2008

Brumas

O mais cru dos panos,almiscarado,serviu para limpar as cinzas que ficaram no peso dos meus ombros.
Fustigada pela ausência de vida,durante um tempo ausentei-me de minha essência mas conquistei coisas que não tinha visto outr(a)(h)ora.
Avistei o mundo quando saída de uma alegoria da caverna.
O meu sorriso é mais sincero agora que nada devo a quem me cobrou
e sou pátio de brincadeiras e risadas iminentes.
A necessidade da claridade e da luz é intensa
mas continuo a gostar que a chuva que molhe os pés e me regue.
Sou infinito de aprendiz,
passageira galáctica,pedra perdida no espaço.
Vem contra mim,podes ser alguém importante para mim.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

hoje sentei-me em frente a um espelho e vi-me em reflexo tardio
como se o anoitecer tivesse chegado mais cedo
como se o inverno tivesse tapado o outono com as nuvens
mas não me vi triste,vi-me crescida
isso é bom e extasiante
por isso,se eu não quiser estar aqui
mudo de lugar
simples a simplissidade
e eu digo tantas vezes que gosto das coisas simples
se não estiver bem assim
mudo de mim
transformo-me em pensar
vou dançar agora ao som do franz!

domingo, 30 de novembro de 2008

T.P.C.- redação sobre o melhor amigo

"Alucinando entre o fantástico programado e a estonteante rotina
entrei em suburbios citadinos enaldecidos por referências anuladas
substimei influências e fingi não as querer
não gosto do meu cabelo carapinha e negro
não por ser feio mas porque tenho pouco orgulho nele
penso tantas vezes nas facilidades de um branco
não porque o queira ser
se fosse branca talvez me sentisse igual
somos poucos aqui na escola
e fico sozinha de parte das brincadeiras
eu percebo a revolta constante dos meus pais
que para trabalhar me fizeram crescer na rua
eu tenho más notas,mas nunca ninguém me perguntou porquê
não se interessam,eu já pouco valia à partida
o meu irmão mais velho está preso
e custa-me porque não é mau
e o mentor do grupo dele nunca é preso
às vezes a mãe deixa-me vê-lo.
Eu vou para a escola com tanto sacríficio,
depois de deixar todos os meus irmãos mais novos na escola.
Não quero que eles sejam como eu,
depois entro na aula e fico no fundo da sala
onde ninguém possa sentir que não tive tempo de tomar banho.
Não tomo atenção mas também não me chamam à atenção,
e penso que na hora de almoço vou a casa passar a ferro;
lá em casa somos duas mulheres,
eu e a mãe,
trabalhamos muito as duas.
Afinal talvez a culpa não seja dos brancos
nem tão pouco dos negros
mas sim da falta de tempo para o meu empenho
naquilo que me faz mais falta:
os estudos..."

sábado, 22 de novembro de 2008

Guess what is my fate?


the right way?
the wrong way?
in my way,sure!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008


inquietas letras esvoaçam até ti

espera só mais um pouco

elas serão sempre tuas

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

no dia em que amar alguém de verdade vai ser um caso sério...
vou correr na sua direcção
sentir borboletas no estomago
vou espalhar-me ao comprido
e pedir-lhe que me dê a mão
vou beijá-lo e arrepender-me
beijá-lo e arrepender-me
beijá-lo e voltar a beijá-lo
e voltar a arrepender-me
irei chorar e espernear se ele não me amar
mas não me vai servir de nada
e amanhã assim que o vir
irei apenas sorrir

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Fui indo por zig-zágues num jardim
Estava frio e o inverno queimava as folhas.
As folhas caem mas não pelo frio ou pelo vento:
as àrvores recolhem cada energia para a sua parte vital
e as folhas ficam sem forças e secas.
No tronco está toda a vida da àrvore,
tal como um ser humano,ao relento...
As mãos gelam,
os pés ficam arroxeados
e as forças concentram-se no coração.
Eu gosto mais do Inverno,
o pouco sol que aparece sabe tão bem
e a chuva trás a vida.
Então reparei que as folhas no chão
tinham formado um colchão
e deitei-me ali
esperando a próxima folha
ou a próxima chuvada.

segunda-feira, 27 de outubro de 2008

PODIA ESCREVER TANTA COISA SEM SENTIDO E ATÉ ESCREVER EUFEMISMOS DA PALAVRA AMOR MAS PARA QUÊ ,SE SABES O QUE SINTO.
que conheço os teus cinco sorrisos
e até sei o que me pertence
mas eu não gosto do sentimento de posse
quero-te pássaro e minhas asas


domingo, 19 de outubro de 2008

contra-regra do que sou e o meu pintor de eleição(botticelli)

vidas tão unidas quanto separadas,coincidências,fados e presságios

Zéfiro,eterno em voz de vento quente


sexta-feira, 10 de outubro de 2008

iMPROVISO

Em esquemas improvisados calei fundo a razão
soltei gotas de pétalas estendidas neste chão
voei por entre algodão doce
planei ao redor de ti
quis fundar o destino sem consagração
ampliei fotocópias de escritos de amor
fiz com que se espalhassem no vento
vi pessoas a recolherem as folhas
algumas delas entenderam o meu tormento
pois,eu sei
tu não estás aqui
pois,eu sei
que te espero
sentei-me num banco de madeira
descalço sapatos vermelhos
pois,eu sei
tu não estás aqui
pois,eu sei que te espero...
aqui!
fechei-me numa caixa sem saída
perdi-me nos labirintos
mas corri feliz entre folhas de outono
em ruas transversais a ti
outras serão paralelas,eu sei
futurismos de uma fuga
mas a porta de saida ali está
pois,eu sei que te espero
aqui!

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

hoje vou querer roubar-te outra vez


Acasos roubados ao destino corrente
fizeram de coincidências,certezas que não juro que existam
espelhei-me em ti quando me refleti num lado pequeno
os dois ali,num de cada nós em separado
sempre aqui quentinho no meu coração e sorrio neste outono fresco
hoje vou roubar-te
das nuvens altas que te vêem
das notas que libertas ao vento
desta vida tão pequena e tão imensa
hoje vou roubar-te
da lua que fala contigo e te conta histórias
do sol que me envias através de coisas de nada
vou roubar-te dos bonsais que aniquilaste
e das tuas risadas que adoro ouvir
e dos 5 sorrisos
e do teu ultimo sorriso que deixas escapar pelo canto da boca enquanto teus olhos brilham
das distâncias
e da tua vontade de me roubar e levar-me contigo
hoje vou roubar-te
e amanhã direi:
"hoje vou querer roubar-te outra vez"

domingo, 5 de outubro de 2008

sina

colecciono arco-íris nas minhas mãos
oh cores viajantes que se entrelaçam
a minha sina foi por mim traçada
cada linha
uma após a outra

sábado, 4 de outubro de 2008

afinal aquilo que julguei que ia perder nunca existiu realmente
gozo a liberdade de pensamentos e alimento-me como se tivesse passado fome
as consequencias não foram afinal de contas coisas insignificantes para mim

nada que não podesse esquecer ali ao virar de uma esquina
deixar coisas por fazer era peso a mais
não viver era demasiadamente insuportável

até amanhã,
ESTOU VIVA!

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

maiusculas e minusculas

Reparti palavras por tudo o que é vento
palmilhei caminhos feitos de pedras pequeninas
senti aromas a um jardim cheio de flores de primavera
partilhei raios de sol longínquos
aniquilo-me do amor,por amor
escrevi letras maiusculas e minusculas
deturpei-me do amor,por amor
aqui no jardim tem um lago pequeno
feito de lágrimas saudosas que caiem de meu rosto
alivia-me a alma quanto mais o lago aumenta
ceguei do amor,por amor
impossibilito-me com a culpa imensa
dificulta-me o andar e os passos tremem
mas cresci tanto com os tombos
não voltaria nem um dia atrás
a roda gigante faz tonturas mas causa-me sensações imensas
turbilhão este que não quero perder nunca
viver numa instável roda viva é tão inspirador
não há rotina,não há tempo.

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

mETAMORFOSES

Abri as asas e sequei ao sol de outono
A meu casúlo já não faz parte de mim
Libertei-me aqui
Transformação muitas vezes dolorosa
Mas no final de contas
Surpresa de mim mesma
Estou bem assim
Larva
Casúlo
Mariposa

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Queria ancorar-te
Vi-me no fundo de mar
eu,qual estrela entre a areia
Se soubesses como é bom o teu sal,meu mar
saboreio-te ao sabor das tuas ondas
balanceio as pontas dos meus cinco braços
vou consoante a tua maré
Belisco corais macios
Parecem a tua pele desnuda
converso com as rochas,elas são especiais
Passaram tantos anos por elas
São tão sabias
Gosto das pequenas pedras
Seixos
que rodopiam na praia
e se desgastam a cada onda
dançam na sua espuma
vão ficando mais brilhantes
mais pequenas
deixando a sua sabedoria
em grãos de areia
que hoje te dou
para construires castelos.

terça-feira, 23 de setembro de 2008

quarta-feira, 17 de setembro de 2008


Dormi contigo numa fabrica de sonhos onde as horas não existem
Onde podemos tomar o café da manhã ao final da tarde
O relógio parou entretanto
Afinal sempre se pode viajar no tempo
Bebi café e tu saboreaste essa minha imagem.

-Se olhares tanto vou acabar por corar,
mas não páres por agora que estou a gostar
de ter teus olhos atentos sobre mim
como um quadro que pintaste um dia.

Fala comigo agora...

que achaste do meu perfume?
e das musicas que tocamos juntos?
este café está tão doce,queres um pouco?

e tu dizes:

-ando na rua sem ti e sinto o teu cheiro a jasmim no ar
-das musicas tirei notas perdidas e ofereci à tua canção
-sim,quero um pouco do teu café doce
e sentir os teus labios nele guardado.

-lá fora deve ser final da tarde,meu amor
-tomamos agora o café-da-manhã
-temos um longo dia para nós,a nossa vida





segunda-feira, 15 de setembro de 2008

Estudo para desmantelamento de um rio 1

Sou eu que tenho de decidir o destino de um
candeeiro partido e de encontrar ironia nesse caso.




Sou eu que tenho de desmifisticar as aliterações.
Não,isso não sou eu que tenho de fazer.




José Luís Peixoto

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

as minhas receitas

"Raspas"

Mostrei-me chocolate
Viste-me tão doce
Mostrei-me hortelã-pimenta
Viste-me agre e doce
Ementa de sentidos
delicias de deuses
Raspas de barras negras
Cacaú de mim
Viste derretida
Adocei-te a boca
Chocolate de mim







"Beijo amorangado"

Sim,beijei morangos
Como se fosse o meu primeiro beijo
Imaginei-te derretido na minha boca
Sabes tão bem...
És vermelho fogo,
vermelho paixão
Tens sabor forte
Amor doce,
palavras suaves
Quis morder teus lábios
sabes tão bem...
Sem nunca te ter provado

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

As obras completas de william shakespeare em 97 minutos e mais uns minutinhos

Teatro Mário Viegas,Chiado:


Maria Ofélia:"ooh paizinho,não me mandes para o conveeento!"

terça-feira, 9 de setembro de 2008

Depurpei a felicidade e transformei-a em momentos extasiantes
Pulo,salto e danço
Mil e uma vezes
Esqueço-te a cada salto
e rio-me das lágrimas
não daquelas que foram vãs
mas aquelas que perdi num lago
Acordo com vontade de viver realidade
Imensa e verdadeira
Sonhos são ilusões criativas...

sábado, 6 de setembro de 2008

"A Pirâmide"

hum...couscous e sumo de tâmara...
hum...mousse de côco
hum...fumar hortelã

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

por onde vou sem ti meu rumo
por que caminhos ainda não traçados
estranhas formas de andar
estranhas formas de amar
quis perder-me contigo
acabei perdida de ti

terça-feira, 2 de setembro de 2008




Quis estrelas,apareceram-me luzes.
Candeeiros em lugares inóspitos asseguram quedas no meu andar.
Cada pedra pego nela e atiro-a para longe,talvez para o lado errado!

segunda-feira, 25 de agosto de 2008

o céu azul torna o meu olhar baço
quero o inverno aqui comigo
quero vento
quero chuva translucida em poças para eu saltar
quero raios a rasgar nuvens e casas enfeitadas
quero um lindo dia de inverno
de noite longa e fria
quero que seja eterna se possivel
sempre gostei mais do inverno
aquele que a maioria despreza tanto
não sabem que é ele que faz a primavera ser tão linda
é injusto o verão ganhar elogios
eu gosto do inverno
de dias claros fugazes
de dias longos de chuva intensa
de cheiro a terra molhada
também gosto do cinzento que me trás
assim posso pintar tal como o quero
telas imensas e cinzentas
gosto do barulho da trovoada
do susto e da seguinte risada
prega-me partidas
molha-me os pés

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

metade do mundo

sou saudade deliberada
sou vontade acompanhada

estou na espera eterna
estou na caminhada efemera

quero tanto ver
o que me trazes de novo a cada dia
não te peço para escrever

quero entender
o que tens de complicado em ti
ou simplesmente perceber
se estás aí

o mundo libertou-te
ou aprisionou-te?
no seu canto mais longínquo

sinto-me melhor a cada dia
as tuas emoções dão-me alegria

para mim basta-me ter-te conhecido um dia...

terça-feira, 19 de agosto de 2008

Gelado


A poesia que escrevo alivia a fadiga do meu pensamento no final do dia.
O gelado de natas e chocolate é agora a minha sobremesa favorita,
cai um pouco na minha roupa e rio por parecer uma criança suja.
Penso no que fiz de bom neste dia que passou:
não plantei uma árvore,
apenas colhi uma fruta
não escrevi um livro,
apenas um poema
não tive um filho,
apenas brinquei com uma criança
não ajudei um amigo,
apenas sorri com ele
não ajudei um turista,
apenas lhe dei um mapa
não dei uma moeda ao mendigo,
apenas não fui indiferente
não fui ter contigo,
apenas pensei em ti.

quinta-feira, 17 de julho de 2008

sLAVE

Áspero amor, violeta coroada de espinhos...
Arbusto entre tantas paixões erguidas,
Lança das dores, coroa da ira,


Por quais caminhos e como te dirigiu a minha alma?


Por que precipitaste teu fogo doloroso,Repentinamente,
entre as folhas frias do meu caminho?
Quem te ensinou os passos que te levaram a mim?

quinta-feira, 10 de julho de 2008

qUEDA

Às vezes posso perder,
não quer dizer que,inevitávelmente,esteja perdida
posso cair muitas vezes
mas posso levantar-me ainda mais vezes
vou contar todas as vezes que me levantar,
as quedas,essas serviram para eu descansar.
desta vez foi um tombo e pêras,
puxaram-me o tapete por debaixo pos pés
caí e magoei-me
mas não me aborreci com a vida
quero mais tombos,eles fortalecem-me!

segunda-feira, 7 de julho de 2008

as canções que poderia ter escrito

pensei nas mil e uma formas de me fazer ouvir
pensei nas mil e umas formas de te fazer ouvir-me
nas canções que podia ter escrito
nos refrões alinhados de rima em rima
entoando palavras fortes que cheiram bem
e que flutuam numa superfície suave e vibrante
escrevi-te 100 cartas sem resposta
talvez uma canção chegue até ti por ondas de estrelas
ou num livro que abrirás um dia destes
uma noticia num jornal
uma fotografia perdida no tempo
e essas lágrimas escondidas num lago azul...

sábado, 28 de junho de 2008

ruínas

estou num castelo em ruínas que tento restaurar a todo o custo

contra bons ventos e bons casamentos

o meu tecto é nada mais que o lindo céu estrelado numa noite sem luar e sem nuvens

as paredes forrei-as de chocolates e doces(nada mais sou que uma criança)

o chão é feito de pedras coloridas,gastas pelo rolar dos rios

na minha cama junto duentes,elfos,fadas,principes e princesas

que viajam comigo em sonhos de encantar

que me levam sempre onde quero ir

longe da cruel realidade de ser presa na vida que não escolhi

hoje roubaram-me uma pedra

a que sustinha a parede mestra

uma parte desmoronou mas a que ficou de pé é a mais forte

agora vou buscar os meus grãos de areia aos bolsos

a vida...essa começa agora!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Um pedido

Lua,
tu que estás tão brilhante diz-me...
como está Zéfiro no seu mundo?
queria saber se sorri muitas vezes e os motivos do seu sorriso.

Lua,como está ele?
queria saber quantas vezes olha para o céu e se conta estrelas como eu...

Lua,tu que estás aí em cima,
consegues vê-lo?
diz-me,os seus cabelos continuam loiros como o ouro e balançam no vento?

Lua,queria pedir-te uma coisa...
diz-lhe que lhe mando um beijo meu como lhe prometi

segunda-feira, 16 de junho de 2008

entre linhas

sei que sabes ler entre linhas e por intervalos das minhas palavras
aqui está uma mensagem para ti
só eu e tu saberemos...

tenho estado pensativa
a vida não pára de dar voltas e voltas
acho que me dei conta que também tenho duas pedrinhas
o possível e o impossível dividem-me
onde estarei eu com a cabeça
era suposto estar tudo como antes...
antes de ti,Zéfiro
o mais certo é um dia quando eu te conhecer e tu me conheceres isto terminar
mas eu pensei que era isso que iria acontecer quando falasse contigo
era suposto ser isso,
era mais facil que assim fosse
tenho-me esforçado tanto para ser feliz
era suposto que assim fosse...
beijo,eu não te esqueço vento do oeste

sábado, 14 de junho de 2008

Tu,Zéfiro,partiste para o teu mundo e levaste uma asa minha
entreguei-te no dia em que te conheci.


Boa viagem*

sábado, 24 de maio de 2008

cafés nicola



Hoje,
tarde chuvosa atípica de primavera
entrei num café para fugir da chuva
pedi um café para me fazer companhia
e no pacote doce de açúcar vinha escrito uma pequena frase:
"um dia largamos tudo e fugimos juntos!"
eu acho que já fugimos juntos...

quarta-feira, 21 de maio de 2008

Escarpas

As escarpas aguçadas de uma vida
são escadas tornadas para mim
aprendi a usá-las a meu favor
já não me entristecem ,nem me magoam
Hoje sou forte e capaz
cada degrau é uma nova etapa
os anos passam e ainda bem que sim
tenho novos horizontes a caminho
ainda não sei bem quais
mas não serão uns quaisquer
serão o meu novo caminho
Aquele que fará de mim
a pessoa que anseio ser
queria deixar tudo para trás
mas as consequências prendem-me aqui
mas não foi aquilo que eu escolhi
também não foi um imposto
a cada dia que passa uma pétala se solta
afinal eu não sou quem sempre fui
tenho sido o que as meras circunstâncias me formaram.

Inês Leal

sexta-feira, 16 de maio de 2008

Às vezes escrevo à toa

Apetece-me escrever...
sem motivo ou tema,
sem,aparentemente, moralizar...
Quero escrever incansavelmente
dia e noite,noite e dia.
Escrever para mim não é um direito
mas sim o dever...
Devo mim própria este prazer que a escrita me transmite
amá-la incondicionalmente e respeitá-la.
Às vezes escrevo à toa
mas não é,deliberadamente,um desrespeito.
é,às vezes,quando escrevo à toa que surge um poema
ou um conto...ou apenas um frase.
mas o que é engraçado é que em quase tudo o que escrevo
é quase sempre contigo no pensamento.

domingo, 4 de maio de 2008

Caminhei durante dias inteiros de vinte e quatro horas cada um
caminhei pela areia escaldante descalça de mim
os meus pés desobedeciam-me e iam para onde eu não queria ir
queria parar um pouco e curar as bolhas nos dedos

as minhas pernas estão,incrivelmente,cansadas
com um peso de mais de 100 quilos em cada uma delas
os meus braços balançam desajeitados
as mãos marcam compasso incerto do andar fraco e hostil

queria chegar a esse lugar
onde estás tu inerte e fugaz
queria chegar e sentar-me numa estrela
o meu caminho está ainda meio
falta a outra parte
faltas-me tu

quinta-feira, 1 de maio de 2008

carta de amor tua...


Uma carta de amor tua...
me devolve sentimentos perdidos
salpicados de um cor-de-rosa vivo,suave como setim
as tuas letras transformam uma palavra em mil e uma
serpenteiam no papel lilás e desenham borboletas
ai, quem me dera poder fechar-me a sete chaves
quem me dera ser apenas uma folha ao vento.
Uma carta de amor tua... é singela
e tira-se de pequenas letras no inicio da frase
triste é não poder escrever-te
as minhas palavras
já as disse a alguém.

Uma carta de amor tua... é tão bonita

triste é não poder escrever-te as minhas letras
já as escrevi a alguém.

ai,quem me dera poder fechar-me a sete chaves

já dei as chaves a alguém
quem me dera ser apenas uma folha ao vento

já dancei com alguém
uma carta de amor tua...

aquela carta de amor
será a princesa e a lua numa história de crianças.

terça-feira, 29 de abril de 2008

pensamentos de pandora

O pensamento é algo esquivo,tanto quanto uma rabanada do vento do oeste.
A razão não é nem de longe nem de perto,o motivo específico para a transformação de um ser.
A citação "Eu penso,logo existo" não pode ser levada tão a sério.
"Eu reflito,logo tiro as minhas próprias elações"é a minha citação!
O saber não quer dizer deliberadamente conhecimento,muito menos sabedoria.
Eu posso dizer quem sou aos outros mas se as reacções não forem coerentes,deixa de existir personalidade,defeitos e feitio.
Se uma guitarra emana som com cordas e guitarrista,eu só poderei saber quem sou se as pessoas tirarem conclusões das minhas atitudes e é claro que seria diferente se tivesse tradições diferentes,progenitores diferentes e experiências diferentes.
Cada pessoa é aquilo que estes factores condicionam a ser.
As excepções existem porque as pessoas tiram conclusões e experimentam o que é melhor para elas.

Inês Leal

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Quem disse que as estrelas não falam?

Anjo- Estrelas tão lindas e brilhantes...
Queria que me dissessem o quão belo é o céu,
eu queria voar até aí mas tenho a asa partida
e uma dor no peito...
Queria esvoaçar entre os vossos brilhantes
Encher-me deles e reluzir
A minha mãe disse-me que as estrelas não falavam
E eu tenho tantas perguntas para vocês
Quão belo é o céu?
não respondem...QUÃO BELO É O CÉU???
não me ouvem?
pois,não me ouvem...

quinta-feira, 17 de abril de 2008

my MUSE


Estou mesmo desejosa que dia 6 de Junho chegue,
depois do cd/dvd HAARP não posso perder o fabuloso show desta banda que me acompanha desde 1999.
Aqui ficam umas curiosidades sobre a banda britânica:

Matthew James Bellamy (nasceu em 9 de Junho de 1978 em Inglaterra) é o cantor principal e guitarrista da banda de rock alternativo.
Bellamy é também conhecido pelo seu talento de tocar piano e tocar teclados electrônicos, em muitas das músicas que tocam.
O uso de tons de voz elevado é umas características mais importantes do som de Muse.
Esta característica é um selo e faz com o que se diferencie de outras bandas, e é o factor que diferencia.
Em performances ao vivo e estúdio ele conseguiu um tom de voz acima de G#6.
O estilo único do piano de Bellamy foi inspirado pelo trabalho de pianista românticos, tais como Sergei Rachmaninoff, e ele foi o culminar de uma fusão de um estilo Romântico com o estilo rock, como podemos constatar em muitas das músicas,tais como Butterflies and Hurricanes.

Curiosidades

  • Bellamy tem as cordas vocais anormalmente pequenas
  • É aracnofóbico
  • Usa um massageador de pés automático para relaxar antes dos concertos

segunda-feira, 7 de abril de 2008

vidas passadas

Pesquisei neste vasto mundo da Internet sobre vidas passadas e num site encontrei um teste em que bastava colocar a minha data de nascimento,foi este o resultado...interessante?

"na sua ultima vida foi homem,viveu em França em 1745.
Era um homem rico ligado às artes,pintor e escultor...
Era também conhecido por um estilo de vida muito particular e até estranha para a época,
morreu novo com cerca de 30 anos,nunca casou...
Criou uma criança negra às escondidas de um povo sem escrúpulos,poderia ser seu filho...
Normalmente vestia-se de preto,achava elegante...
Chamou-se Antoine,foi morto pela população que o achavam ser bruxo.
A criança negra foi morta também"

quarta-feira, 2 de abril de 2008

É assim que começam todas as histórias...

Era uma vez...
É assim que começam todas as histórias,
é assim que amor começa...

Um dia
num sitio distante,
muito longe de mim,
muito longe de tudo o que vivi,
visitei uma casinha pequenina
numa aldeia pequenina
primeiro bati à porta,
ninguém abriu
decidi entrar
mas nada vi com o meu olhar
ao fundo,
lá mesmo ao fundo da casinha
havia umas escadas,
estreitas mas longas
subi 100 degraus
descansei...
subi mais 1oo
e descansei...
olhei em frente
lá no cimo havia uma portinha azul
subi mais 100
e cheguei...
primeiro bati à porta,
ninguém abriu
decidi entrar
em espanto fiquei com o que vi...
um bonito aquário pequenino
com um peixinho pequenino
era tão azul,
de um azul tão lindo
que quando o vi...
apaixonei-me!

domingo, 30 de março de 2008

Princesa e a Lua

Talvez já tenha estado aqui antes
neste quarto,neste chão
Talvez já te conhecesse
Princesa e a Lua nesta história de crianças

Ouvi dizer que havia um código,
ouvi dizer que estás fechado,
ouvi dizer que sou eu
que tenho as sete chaves...

A Lua contou-me que estás cansado
mas eu saltarei por ti,
até recuperares,
até caminhares por ti.

Meu amor,acho que estava sozinha
antes de te conhecer
nessa verdade que contaste
está no tempo que me mostraste existir

Meu amor,prende-me
amarra-me ao teu coração
como sempre o fizeste
não me deixes assim perdida...

sábado, 29 de março de 2008


Sublinho com exatidão as tuas palavras,
debruço-me sobre o parapeito da janela para te ver...
Estás longe,os meus olhos não alcançam tal distância.

Vejo o horizonte num pôr-do-sol cheio de tons vermelhos,
amarelos e na mistura com o azul do céu tornam-se liláses.


A areia atrapalha-me o andar imaginário até ti,
o vento não está a meu favor
e sustem-me num mundo demasiado real.
Aqui as flores são muitas vezes cinzentas,
tantas vezes mais pretas que cinzentas...


As rosas perdem a cor,
as tulipas perdem o brilho do setim.

A primavera desvaneceu-se de luz e de aromas

e as borboletas voltaram para o casúlo de seda...

segunda-feira, 24 de março de 2008

primavera


Um certo dia de primavera
Zéfiro, o vento oeste,
avistou passeando a ninfa Cloris
e apaixonou-se por ela.
A raptou e posteriormente casou-se com ela.
Como prova de seu amor,
Zéfiro nomeou a sua amada como rainha das flores.
Concedeu-lhe ainda,
o poder de germinar as sementes das flores de cultivo e ornamentais.
Zéfiro e Cloris eram um casal de deuses jovens que deslizavam pelo céu,
enfeitados com coroas de flores,
que tocavam com suas asas os casais de namorados nos dias frescos de primavera.

domingo, 23 de março de 2008

desta vez perdi-me


As estrelas caiem sobre mim
iluminando os meus caminhos
por desertos intermináveis
desta vez perdi-me

tenho nas mãos linhas que zig-zagam
tenhos nos meus dedos sons de flauta
o dó e o ré escapam-me da música
perdi-me

é noite sublime
e o ar gela-me o corpo
só a melodia quebra o silêncio
estou perdida


Inês

sexta-feira, 21 de março de 2008

shakespeare


Perguntei a um sábio ,
a diferença que havia
entre amor e amizade,
ele me disse essa verdade...
O Amor é mais sensível,
a Amizade mais segura.
O Amor nos dá asas ,
a Amizade o chão.
No Amor há mais carinho,
na Amizade compreensão.
O Amor é plantado
e com carinho cultivado,
a Amizade vem faceira,
e com troca de alegria e tristeza,
torna-se uma grande e querida
companheira.
Mas quando o Amor é sincero
ele vem com um grande amigo,
e quando a Amizade é concreta,
ela é cheia de amor e carinho.
Quando se tem um amigo
ou uma grande paixão,
ambos sentimentos coexistem
dentro do seu coração.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Zéfiro


Ah,azul celeste,
transpareces os teus pensamentos
e tens estrelas escondidas pelo sol

que desvanecem os meus sentimentos esquivos...


Não me atormentes,

oh chuva fria
que cai em lugar inóspito.

Tu Zéfiro
que trazes esse teu vento quente
com flores de primavera
sopra mais e leva-me contigo.


Tenho as mãos frias
mas,meu amor,perto de ti são fogo.


A minha impaciência transforma a tua ausência
em eternas esperas de mil e uma noites.
eu espero,amor,
eu espero...
pois o que não é o amor senão uma eterna espera.


Inês Leal

segunda-feira, 17 de março de 2008

aspettami...wait for me...


Fecha os olhos e verás
estou a ir para casa
agarra a minha mão
e o meu coração será azul
como o céu no dia em que voltar para ti

aspettami...
wait for me...
fui para os teus sonhos
um dia encontrarei teu coração

aspettami...
wait for me...
nunca me deixes,amor
haverá uma vez em que estarei nos teus braços
e brilharei mais que diamante

aspettami....
wait for me...

fecha os olhos e verás

que um dia voltarei para ti

aspettami...
e o meu coração será azul

wait for me...
dos teus sonhos voltarei
para ficar aí

take my hand
aspettami...
and my heart will be blue...

sábado, 15 de março de 2008

vinte poemas de amor e uma canção desesperada


Para o meu coração basta o teu peito,
para a minha liberdade as tuas asas.
Da minha boca chegará até ao céu
o que dormia sobre a tua alma.

És em ti ilusão de cada dia.
miras o horizonte com a minha ausência.
Eternamente em fuga como a onda
desde mar naufragado na areia.

Eu disse que no vento ias cantando
como os pinheiros e folhas que se soltam
como eles vais folheando
e ficas triste,como viagem que te abandonam.

Acolhedor como um velho caminho.
Povoam-te ecos e vozes mágicas,
nostalgicas...
Eu acordei e às vezes emigram e fogem
pássaros que dormiam na tua alma

Pablo Neruda
(dedico a ti meu bom amigo)



Olhei-te neste dia chuvoso,
vi-me em ti espelhada como uma rosa vermelha de amor
olho-te de novo e vezes sem conta,hoje tenho dúvidas
nem sei quantas ao certo...

espero respostas nas gotas da chuva
ela marcam compasso no meu ritmo de andar
por essas ruas vazias de mim e de ti

numa poça de mil gotas,
ouço as suas conversas
gosto do som do mar que emana delas

tal como um rosa vermelha de amor,
se não for regada acabará por morrer...

Inês Leal

quinta-feira, 6 de março de 2008

o segredo da ilha (capitulo3)

ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT...
ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT...
Esta frase mantem-se na memória de Henrique de Viena,o investigador do caso.
Entre papeis de ordem familiar de José,registos de trabalho e declarações de testemunhas que acharam o corpo amarrado,Henrique de Viena passa noites em branco.
Dias e dias passaram diante dos seus olhos e o mistério do crime continuava a tomar conta dos seus pensamentos...
ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT...
ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT...

-Maria!Por favor,prepare-me um café que esta noite vai ser longa...

-Sim,sr.Henrique

-Maria...traga-me também o meu livro de latim,aquele grande que tem a cruz na capa.

-sim,sr.Henrique.

-
ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT...isto não me sai da cabeça...

Ao abrir o livro,algo o faz concentrar mais atenção,na página 666 aparece essa frase e a sua tradução...
"Hell calls hell"

Continua...
Inês Leal




quarta-feira, 5 de março de 2008

são cartas


Recebo de ti sentimentos sem contar,
preenchem o meu espaço vazio...
Alteram-me,modificam-me
e recebo de ti palavras bonitas,
algumas talvez mentiras...
mas fazem-me sorrir!

Recebo de ti eternas cartas
feitas de setim
e feitas de nada
.
Brotam assim como desaparecem
mas eu lembro-me de todas.
Até daquela vez...
Que tu disseste que seria eterno

mesmo sabendo que nada é eterno
.
Eu gostei quando me disseste isso...
Se gostei...
São cartas,estas que também te escrevo.

Inês Leal

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

Beijos,meu amor...são beijos...

Atravesso a tua alma que entre meus lábios se desfaz
beijos que te dou de alma minha inquieta e fugaz

beijos,meu amor...são beijos...

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

"não nascemos mulheres,tornamo-nos mulheres"


Em 20 países africanos e também em certas regiões da Ásia mais de 2 milhões de mulheres são mutiladas sexualmente.Estas práticas são puniveis mas a tradição sobrepõe-se à lei dos homens.Estas mutilações dão lugar a remunerações incentivando-as,e realizam-se em ambiente festivo.
No Paquistão se uma mulher for violada e não o conseguir provar na justiça,é considerada zina,ou seja,de traição ao marido por ter relações fora do casamento,tendo como consequência o apedrejamento até à morte em praça pública pela familia do marido.15% das queixas se tornam em difamação por zina e os violadores ficam impunes.
Milhões de mulheres são ainda obrigadas,nos dias de hoje,a resumirem-se à procriação de filhos. O dote foi proibido em 1967 mas pratica-se nos dias de hoje,provocando milhares de vitimas,já que os pais têm de dar um dote ao noivo ou à familia dele.Para não o fazerem livram-se dos bébés do sexo femenino ou fazem com que as raparigas morram num aparente acidente ou suícidio. Na China a política do "filho único"está a gerar um verdadeiro infanticidio nas crianças do sexo feminino.Os chineses,quando a primeira filha é mulher,tratam de as pôr em asilos onde as deixam morrer à fome ou com doenças que apanham por falta de higiéne.Também acontecem muitos casos de falsa morte súbita em recém-nascidos. É neste mundo em que vivemos que acontecem estas coisas,num mundo onde a lei não funciona ou é compravél e corrupta. Escrevo isto para que não seja mais uma cidadã que vira cara para o lado e finge que o mundo é igual para todos. A todas essas mulheres sacrificadas por leis de homens,dedico este texto.

Inês Leal

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

"o sonho que comanda a vida"


Hoje que sonhei contigo como se sonha num dormir descansado e relaxante
Hoje que te vi nesta noite que,para mim,foi sempre dia e sempre luz
Hoje que fechei os olhos como todos os dias,como todas as noites
Hoje que estiveste comigo como se fosse,essa,a plena realidade

Eu sonhei,eu dormi,eu vi-te...
Talvez te tenha amado como se me amasse a mim

Acordei sem querer despertar,
voltei a adormecer mas já não estavas lá...


Inês Leal

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Florbela Espanca

A vida

É vão o amor, o ódio, ou o desdém;
Inútil o desejo e o sentimento...
Lançar um grande amor aos pés de alguém
O mesmo é que lançar flores ao vento!

Todos somos no mundo >,
Uma alegria é feita dum tormento,
Um riso é sempre o eco dum lamento,
Sabe-se lá um beijo de onde vem!

A mais nobre ilusão morre... desfaz-se...
Uma saudade morta em nós renasce
Que no mesmo momento é já perdida...

Amar-te a vida inteira eu não podia.
A gente esquece sempre o bem de um dia.
Que queres, meu Amor, se é isto a vida!

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2008

vento...


Vento atrevido embaraça-me o cabelo,
solta-o,despenteia-o e dá-lhe vida!
Eu sorrio embarçada para pessoas que passam por mim,
apanho o cabelo com um elástico mas solta-se de novo e desisto de lutar contra o vento do inverno.
Ele é mais forte e fala mais alto,uiva e sopra
mas eu gosto dele e da maneira brincalhona de ele ser.
Põe folhas a dançar numa roda
e eu gosto de dançar com elas...

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

duendes,fadas,elfos e imaginação


Os seres que habitam nossas casas são conhecidos pelas suas travessuras e falta de seriedade, fazem muito barulho à noite e causam transtornos ao nosso sono.
Acho que existem no meu quarto pois quando era pequena,talvez com dois anos,tinha o hábito de brincar com um pequeno amigo chamado"Floppi".
Os meus pais acharam graça durante os primeiros meses mas depois pensaram que precisava de um irmão,veio uma irmã...
Os meus pais deixaram de ouvir-me chamar pelo Floppi mas não era por ele ter desaparecido mas sim porque tinha medo que a minha irmã quisesse brincar com ele também.

domingo, 10 de fevereiro de 2008

amor...

É assim que te quero, amor,
assim, amor, é que eu gosto de ti,
tal como te vestes
e como arranjas
os cabelos e como
a tua boca sorri, Pablo Neruda

Aqueles que me têm muito amor
Não sabem o que sinto e o que sou...
Não sabem que passou, um dia, a Dor
À minha porta e, nesse dia, entrou.
E é desde então que eu sinto este pavor,
Este frio que anda em mim, e que gelou Florbella Espanca


O amor é uma companhia.
Já não sei andar só pelos caminhos,
Porque já não posso andar só.
Um pensamento visível faz-me andar mais depressa
E ver menos, e ao mesmo tempo gostar bem
de ir vendo tudo.
Alberto Caeiro



sábado, 9 de fevereiro de 2008

No meu quarto:

No meu mundo que é,reduzidamente,o meu quarto.
Estou eu num pouco de cada ob
jecto...
ou lembrança que me rodeia...
o quadro que preenche o branco da parede do meu quarto.
"canção popular a russa e o figaro"
Amadeu de Sousa Cardoso:

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2008

clube dos poetas mortos

Este texto é dedicado ao professor Baltazar que jogava à bola com a turma e que nos mostrou este filme.
Com a sua saída da escola,por gostar tanto de nós,decidimos que nos tínhamos de despedir-nos em grande...então no ultimo dia de aulas subimos em cima das mesas e aplaudimos o professor que todas as 6ºf eira nos dava a famosa aula da "conversa da treta" enquanto o mesmo chorava perante o nosso respeito e admiração.
É por esta razão que este é o filme da minha vida...
Pois a admiração e respeito não conquista com rudeza,castigos e suspensões!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

escrita


Refúgio de sensações e emoções, estratégia de sentidos refrescados por uma ténue linha envolvente e esguia. Letras amontoadas que se transformam inevitavelmente em frases e em textos e em capítulos e num livro que eu leio vezes sem conta. Estou aqui? Não! Quando te leio estou num lugar especial elevo-me e flutuo acima deste mundo de palavras por vezes sem muito sentido mas estas têm muito sentido,é por isso que as escrevo.
Inês Leal

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

sete cidades e uma carta de amor

Escrevo em papel pardo e ouço o som do aparo a arranhar as palavras que escrevo
Escrevo a ti minha amada,linda,redonda em negro tinta
Poetisa de esperanças e de desenganos,chega-te mais perto para eu te ler
Cheiras bem,a papel fresco e perfumado como uma folha em seda pura ou setim
Estou numa casa com nome e renome numa das sete cidades de sonhos
Estou a lembrar da falta que o teu amor me faz
E das lembranças que ele me trás
Se quiseres considerar estas palavras como uma carta de amor, assim será que escrevo de ti
Se não achares digno,apenas finge que não a leste.


Inês Leal

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Estes são os lugares encantados que um dia descobrirei
e que um dia farão parte de mim...
A mágica Holanda
e o misterioso Egipto...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Ary dos Santos

Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse um abismo
e faz um filho ás palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever um sismo.

Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.

Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.

Original é o poeta
que chegar ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

o segredo da ilha (capitulo2)

Leonor olhava o mar,tal como José no outro lado da arriba,naquela praia em Porto Côvo.
Os cabelos long
os esvoaçavam perante a brisa marítima.
Anoiteceu...e Leonor recolheu-se.
Nasceu novamente o dia e com ele o sol,Leonor olhava de novo a praia que é o seu horizonte e para sua surpresa o sossego tinha dado lugar a grande azáfama.
Estava muita gente no canavial,pessoas pasmadas,incrédulas a olhar para José,morto.
a polícia vedava a zona enquanto os peritos recolhiam pistas e provas do homicídio.
O corpo foi para o laboratório de investigação criminal.Análises,raio x,ecografias,amostras de sangue,de tecido muscular,de pele,saliva...
e um enigma que terão de decifrar,a tatuagem de José...
ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT...


(continua...)
(obrigado Oskar)