quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

escrita


Refúgio de sensações e emoções, estratégia de sentidos refrescados por uma ténue linha envolvente e esguia. Letras amontoadas que se transformam inevitavelmente em frases e em textos e em capítulos e num livro que eu leio vezes sem conta. Estou aqui? Não! Quando te leio estou num lugar especial elevo-me e flutuo acima deste mundo de palavras por vezes sem muito sentido mas estas têm muito sentido,é por isso que as escrevo.
Inês Leal

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

sete cidades e uma carta de amor

Escrevo em papel pardo e ouço o som do aparo a arranhar as palavras que escrevo
Escrevo a ti minha amada,linda,redonda em negro tinta
Poetisa de esperanças e de desenganos,chega-te mais perto para eu te ler
Cheiras bem,a papel fresco e perfumado como uma folha em seda pura ou setim
Estou numa casa com nome e renome numa das sete cidades de sonhos
Estou a lembrar da falta que o teu amor me faz
E das lembranças que ele me trás
Se quiseres considerar estas palavras como uma carta de amor, assim será que escrevo de ti
Se não achares digno,apenas finge que não a leste.


Inês Leal

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Estes são os lugares encantados que um dia descobrirei
e que um dia farão parte de mim...
A mágica Holanda
e o misterioso Egipto...

segunda-feira, 7 de janeiro de 2008

Ary dos Santos

Original é o poeta
que se origina a si mesmo
que numa sílaba é seta
noutro pasmo ou cataclismo
o que se atira ao poema
como se fosse um abismo
e faz um filho ás palavras
na cama do romantismo.
Original é o poeta
capaz de escrever um sismo.

Original é o poeta
de origem clara e comum
que sendo de toda a parte
não é de lugar algum.
O que gera a própria arte
na força de ser só um
por todos a quem a sorte faz
devorar um jejum.
Original é o poeta
que de todos for só um.

Original é o poeta
expulso do paraíso
por saber compreender
o que é o choro e o riso;
aquele que desce à rua
bebe copos quebra nozes
e ferra em quem tem juízo
versos brancos e ferozes.
Original é o poeta
que é gato de sete vozes.

Original é o poeta
que chegar ao despudor
de escrever todos os dias
como se fizesse amor.
Esse que despe a poesia
como se fosse uma mulher
e nela emprenha a alegria
de ser um homem qualquer.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2008

o segredo da ilha (capitulo2)

Leonor olhava o mar,tal como José no outro lado da arriba,naquela praia em Porto Côvo.
Os cabelos long
os esvoaçavam perante a brisa marítima.
Anoiteceu...e Leonor recolheu-se.
Nasceu novamente o dia e com ele o sol,Leonor olhava de novo a praia que é o seu horizonte e para sua surpresa o sossego tinha dado lugar a grande azáfama.
Estava muita gente no canavial,pessoas pasmadas,incrédulas a olhar para José,morto.
a polícia vedava a zona enquanto os peritos recolhiam pistas e provas do homicídio.
O corpo foi para o laboratório de investigação criminal.Análises,raio x,ecografias,amostras de sangue,de tecido muscular,de pele,saliva...
e um enigma que terão de decifrar,a tatuagem de José...
ABYSSUS ABYSSUM INVOCAT...


(continua...)
(obrigado Oskar)