domingo, 30 de novembro de 2008

T.P.C.- redação sobre o melhor amigo

"Alucinando entre o fantástico programado e a estonteante rotina
entrei em suburbios citadinos enaldecidos por referências anuladas
substimei influências e fingi não as querer
não gosto do meu cabelo carapinha e negro
não por ser feio mas porque tenho pouco orgulho nele
penso tantas vezes nas facilidades de um branco
não porque o queira ser
se fosse branca talvez me sentisse igual
somos poucos aqui na escola
e fico sozinha de parte das brincadeiras
eu percebo a revolta constante dos meus pais
que para trabalhar me fizeram crescer na rua
eu tenho más notas,mas nunca ninguém me perguntou porquê
não se interessam,eu já pouco valia à partida
o meu irmão mais velho está preso
e custa-me porque não é mau
e o mentor do grupo dele nunca é preso
às vezes a mãe deixa-me vê-lo.
Eu vou para a escola com tanto sacríficio,
depois de deixar todos os meus irmãos mais novos na escola.
Não quero que eles sejam como eu,
depois entro na aula e fico no fundo da sala
onde ninguém possa sentir que não tive tempo de tomar banho.
Não tomo atenção mas também não me chamam à atenção,
e penso que na hora de almoço vou a casa passar a ferro;
lá em casa somos duas mulheres,
eu e a mãe,
trabalhamos muito as duas.
Afinal talvez a culpa não seja dos brancos
nem tão pouco dos negros
mas sim da falta de tempo para o meu empenho
naquilo que me faz mais falta:
os estudos..."

sábado, 22 de novembro de 2008

Guess what is my fate?


the right way?
the wrong way?
in my way,sure!

quarta-feira, 19 de novembro de 2008


inquietas letras esvoaçam até ti

espera só mais um pouco

elas serão sempre tuas

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

no dia em que amar alguém de verdade vai ser um caso sério...
vou correr na sua direcção
sentir borboletas no estomago
vou espalhar-me ao comprido
e pedir-lhe que me dê a mão
vou beijá-lo e arrepender-me
beijá-lo e arrepender-me
beijá-lo e voltar a beijá-lo
e voltar a arrepender-me
irei chorar e espernear se ele não me amar
mas não me vai servir de nada
e amanhã assim que o vir
irei apenas sorrir

sexta-feira, 7 de novembro de 2008

Fui indo por zig-zágues num jardim
Estava frio e o inverno queimava as folhas.
As folhas caem mas não pelo frio ou pelo vento:
as àrvores recolhem cada energia para a sua parte vital
e as folhas ficam sem forças e secas.
No tronco está toda a vida da àrvore,
tal como um ser humano,ao relento...
As mãos gelam,
os pés ficam arroxeados
e as forças concentram-se no coração.
Eu gosto mais do Inverno,
o pouco sol que aparece sabe tão bem
e a chuva trás a vida.
Então reparei que as folhas no chão
tinham formado um colchão
e deitei-me ali
esperando a próxima folha
ou a próxima chuvada.